Para melhor entendermos os riscos de nos expormos ao sol, além de usarmos protetor solar, evitar horários com maior incidência de radiação ultravioleta, visitarmos o dermatologista pelo menos uma vez por ano, informar-se sobre o que são e como agem os raios UVA e UVB é essencial para nos defendermos melhor deles.
Recentemente, uma reportagem no Jornal Hoje mostrou que a radiação solar tem aumentado aqui no Brasil. Para se ter uma ideia, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estabelece que a radiação solar não pode passar do nível cinco, mas a que temos recebido chega ao nível 11.
Isso eleva as chances de desenvolver o câncer de pele em seu pior e mais agressivo tipo: o melanoma. O Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima que neste ano surgirão 188 mil novos casos no Brasil. Por isso, além do protetor solar, é preciso equipar-se com informação útil.
Qual a diferença?
O que difere os raios UVA dos raios UVB são os efeitos que eles causam na pele, além de sua intensidade. Ambos penetram na pele, mas em profundidades diferentes.
Os raios UVA são responsáveis por acelerar o envelhecimento da pele, causando mudanças nas fibras de elastina e colágeno, tornando a região flácida e enrugada. É por causa dos raios UVA – que estão presentes o ano todo – que desenvolvemos algumas alergias e manchas que indicam uma desordem na pigmentação da pele afetada pela radiação. Além disso, por penetrar profundamente na pele, os raios UVA são causadores do tipo mais agressivo do câncer de pele: o melanoma.
Em contra partida, os raios UVB causam danos na camada mais superficial da pele, principalmente durante o verão, época em que sua incidência aumenta. Mas isso não significa que os danos causados sejam leves. Além de causar queimaduras na pele, é ele quem provoca lesões pré-câncer e o câncer de pele do tipo não melanoma por causa das alterações celulares que essa radiação estimula.
Protetor solar
Além de evitar se expor em horários de maior incidência e usar roupas que cubram bem o corpo, o uso do protetor solar também deve fazer parte da nossa rotina, mesmo em dias nublados, já que as nuvens não conseguem filtrar completamente a radiação do sol. Apenas 31% das pessoas usam o protetor solar regularmente. E muitas também não sabem por onde começar na hora de escolher um. Veja abaixo algumas dicas para escolher um bom protetor solar:
Escolha o fator de proteção solar correto
A grande diferença entre os tipos de FPS que os produtos oferecem é o quanto eles são capazes de proteger sua pele da radiação solar. Você consegue uma boa proteção com produtos de FPS 15, que te protegem de 96% da radiação. Protetores solares com FPS maior oferecem mais proteção, mas a variação é bem pouca, geralmente de 2%.
Leve em consideração o seu tipo de pele
Você se lembra do artigo que postamos sobre o fototipo de pele? Você precisa saber que dependendo do tom de pele você estará mais sujeita à radiação solar. Peles mais claras são as que mais correm risco. Por isso, use protetores solares com FPS alto se você tiver tom de pele claro.
Leia atentamente a embalagem
Nem todos os protetores solares garantem proteção contra os dois tipos de radiação solar. Por isso, é importante ler o rótulo e o verso para garantir que você está se protegendo de forma completa.
Consulte o dermatologista
Principalmente se você tiver alguma particularidade na pele, oleosidade ou algum tipo de alergia ou sensibilidade, consulte um dermatologista para obter indicações de quais protetores procurar.