A compulsão alimentar noturna é uma síndrome que faz com que a pessoa sinta fome inexplicável durante a noite. Pessoas com esse distúrbio conseguem manter uma alimentação normal e até mesmo frugal durante o dia, mas despertam duas a três horas depois de terem adormecido com uma necessidade compulsiva de ingerir algum alimento, geralmente doces ou hipercalóricos, diferentes da dieta habitual. A pessoa que não acorda durante a noite, mas ingere a maior parte das calorias diárias antes de dormir, também pode ter o transtorno.
A compulsão alimentar noturna (também chamada de síndrome do comer noturno) é diferente da compulsão alimentar periódica. Na compulsão alimentar periódica, há episódios frequentes nos quais a pessoa simplesmente não consegue parar de comer: só para quando se torna fisicamente impossível comer mais. Pode acontecer a qualquer momento do dia e é caracterizada pelo sentimento de culpa após cada episódio. Na compulsão alimentar noturna nem todos os episódios são marcados pelo excesso: podem ser apenas petiscos ou refeições leves, mas a pessoa precisa comer algo durante a noite. É exclusivamente noturna e vem acompanhada do sentimento que a comida irá melhorar o sono ou então que a pessoa só voltará a dormir bem se comer.
A compulsão alimentar gera a necessidade de comer algo durante a noite.
Fisicamente, a compulsão noturna gera dois efeitos: insônia e ganho de peso, que acarretam problemas de saúde como estresse, fadiga, sonolência diurna, dores de cabeça, hipertensão, diabetes, aumento nas taxas de colesterol e triglicerídeos. Há também grande sofrimento psicológico, tristeza e angústia, pois o paciente não consegue manter um bom padrão de sono e nem evitar os episódios durante a noite. Acredita-se também que a síndrome esteja relacionada a quadros de depressão. O comportamento gerado pela síndrome acarreta em alterações em secreções de hormônios, como a melatonina e leptina. A primeira é reguladora do sono e a leptina suprime o apetite, ambas têm seus níveis diminuídos nos portadores da síndrome. Isso contribui para o humor deprimido e para a insônia.
Tratamento
Não há tratamento específico para a compulsão alimentar noturna e a abordagem deve ser preferencialmente multidisciplinar. O médico pode descrever medicamentos antidepressivos, para insônia e compulsão; o nutricionista tem o papel de controlar a dieta e o balanço energético e o terapeuta cognitivo-comportamental dará apoio psicológico ao paciente.
Não há um tratamento específico para a compulsão alimentar noturna.
Prevenção
Comer de forma adequada durante o dia, realizar atividade física e ter hábitos saudáveis são cuidados importantes na prevenção as síndrome. É importante tomar cuidado com dietas muito restritivas, que podem desencadear o problema. O ideal é que sejam elaboradas e acompanhadas por um endocrinologista ou nutricionista.
