A síndrome da fadiga crônica (SFC) é uma doença caracterizada pelo cansaço (fadiga) extremo, independente de exercício prévio ou doenças concomitantes. Ou seja, é um cansaço extremo sem causa aparente, que não melhora mesmo com descanso. Acomete mais mulheres do que homens e é mais comum em pessoas entre 40 e 50 anos.
Sintomas
É importante diferenciar a síndrome da fadiga crônica do cansaço causado pelas solicitações da vida cotidiana. Na síndrome, além da fadiga, outros sintomas estão presentes, como dores de garganta, gânglios inflamados e dolorosos, dores musculares, dores de cabeça, dores em articulações, dificuldades de memória e concentração, sono não reparador, exaustão mental e física. Para ser diagnosticado como portador da síndrome, o paciente deve apresentar pelo menos quatro desses sintomas por mais de seis meses. Se não for tratada, pode levar a sintomas depressivos, estresse, ansiedade, tristeza e isolamento social, com prejuízo da qualidade de vida e queda no desempenho no trabalho e estudos.
Causas
As causas da doença ainda não foram bem definidas pela ciência. O que se sabe até agora é que na maioria dos casos, a síndrome se instala após algum episódio de gripe, sinusite, resfriado ou outro processo infeccioso. Por algum motivo desconhecido, a infecção vai embora e deixa seus sintomas de cansaço e fraqueza. Esses sintomas melhoram e depois voltam, em períodos, por meses ou anos. Também já foi verificado que portadores da síndrome têm seu sistema imunológico enfraquecido em comparação a quem não a possui, mas não foi comprovado se esse fato pode desencadear a SFC. Outra alteração observada é que pacientes com a síndrome têm níveis anormais de hormônios na corrente sanguínea.
A evolução da doença é imprevisível: pode durar meses, anos ou a vida inteira.
Diagnóstico
Não há exames, de imagem ou laboratoriais, que identifiquem a síndrome: o diagnóstico é feito por anamnese (histórico) e por exames que excluam outras doenças. Além do clínico geral, alguns especialistas também podem diagnosticar o problema, como otorrinolaringologistas, pneumologistas, infectologistas, reumatologistas, neurologistas e psiquiatras.
Tratamento
Como a causa não é conhecida, o tratamento se baseia principalmente na melhora dos sintomas. Há duas abordagens possíveis, a medicamentosa e a terapia.
Medicamentosa: como os sintomas são variáveis para cada paciente, a medicação vai depender do sintoma e da intensidade. Podem ser usados antidepressivos, ansiolíticos, antiinflamatórios, relaxantes musculares, entre outros.
Terapia: o ideal é que se combine um apoio psicológico com a prática de exercícios físicos leves, que podem ser orientados por um fisioterapeuta. O psicólogo vai auxiliar a entender o motivo pelo qual o paciente desenvolve os sintomas de quadros psicológicos.
Recomendações
Para os portadores, algumas dicas podem ajudar a conviver com a doença:
- Tente reduzir o estresse e a sobrecarga emocional. Tire um tempo para relaxar todos os dias e evite esforço físico excessivo.
- Melhore seus hábitos de sono, com horários regulares para dormir e acordar. Evite cochilos durante o dia. Também evite a ingestão de cafeína, álcool e nicotina.
- Tente gerenciar seu tempo a fim de não realizar todas as suas atividades no mesmo dia.