A síndrome (ou transtorno) do pânico é um transtorno de ansiedade caracterizado por crises súbitas e inesperadas de medo e ansiedade intensos, mesmo quando não há motivo ou ameaça de perigo iminente. As crises são frequentes e a pessoa tem a sensação de que vai morrer ou algo muito ruim pode acontecer. Acomete mais mulheres do que homens e se manifesta especialmente em jovens.
Causas
Na síndrome do pânico, o sistema de “alerta” do organismo (que controla as reações a perigos e ameaças) tende a ser desencadeado de forma desnecessária. Há uma falha nos neurotransmissores (substâncias que fazem a comunicação entre neurônios), o que pode fazer com que algumas partes do cérebro transmitam a informação de maneira errada. Assim, a informação incorreta alerta o organismo para um perigo que na verdade não existe.
Além desse, outros fatores também estão envolvidos no transtorno, como a genética, estresse e temperamento do indivíduo. Alguns fatores de risco são: morte ou adoecimento de pessoas próximas, mudanças radicais na vida, histórico de abuso sexual e experiências traumáticas, como um acidente.
Sintomas
Durante as crises, os seguintes sintomas são comuns:
- Medo da morte ou de uma tragédia iminente
- Medo de perder o controle
- Dificuldade para respirar, falta de ar e sensação de sufocamento
- Formigamento de mãos, pés ou rosto
- Palpitações e taquicardia
- Náuseas
- Calafrios
- Dores abdominais
- Dor e aperto no peito
- Dores de cabeça
- Tontura
- Desmaios
- Dificuldade para engolir
Uma consequência da síndrome é o medo do medo: o paciente fica apreensivo e ansioso com a possibilidade de novas crises. Um quadro depressivo também pode aparecer nos portadores. Também já se tem conhecimento que o uso de álcool e drogas piora o quadro de pânico.
Tratamento
O tratamento é realizado através de medicamentos e terapia. Os fármacos que podem ser utilizados são os antidepressivos e os remédios para ansiedade, chamados ansiolíticos. Já a terapia cognitiva comportamental é que mais tem mostrado resultados dentre os vários tipos existentes. Ela ajuda o paciente a entender suas crises, aprender a lidar com elas e viver normalmente sem medo de um novo ataque.
Os sintomas devem reduzir progressivamente em algumas semanas. Caso não notar melhora, é importante conversar com o médico e não suspender a medicação sem antes consultá-lo.
Para o sucesso do tratamento e estabilização dos sintomas, é importante escolher um médico qualificado, pois a segurança passada ao paciente auxilia na recuperação.